Fiscais do IMA identificam focos de raiva em Coqueiral e Ilicínea

Doença requer atenção constante dos profissionais da fiscalização agropecuária, por apresentar elevado risco para a saúde pública

Equipe da Coordenadoria Regional (CR) de Oliveira e do Escritório Seccional (Esec) de Boa Esperança, do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), realizou ação fiscalizatória sanitária para controle da raiva dos herbívoros, após óbitos de três animais pela doença, em Coqueiral e Ilicínea, municípios da região Sul de Minas.

O primeiro foco ocorreu em Coqueiral, com início no dia 1º/03, e resultado positivo para duas fêmeas bovinas. Já o segundo aconteceu em Ilicínea, em 22/03, com resultado positivo de um animal bovino. Os casos foram confirmados pelos fiscais do Laboratório de Saúde Animal (LSA) do IMA, que analisaram as amostras colhidas do material encefálico desses animais.

Logo após a confirmação dos casos, as propriedades rurais acometidas pela enfermidade, assim como as demais da vizinhança, foram vistoriadas em um raio de até 10 km de extensão da área foco. Na ocasião, os abrigos encontrados de morcegos hematófagos da espécie Desmodus rotundus, principal transmissor da doença, foram investigados e cadastrados. 

Segundo o médico-veterinário, Roger Dinali Ferreira, durante o atendimento sanitário foi prestado esclarecimento sobre a prevenção da enfermidade, bem como a importância da vacinação dos rebanhos.

“O histórico de vacinas dos animais não nos foi apresentado pelos produtores rurais. Portanto, a ausência delas coloca em risco a saúde dos rebanhos da região, e expõe as pessoas à doença”, explicou o representante do Instituto.

Controle da Raiva

No Estado de Minas Gerais, os fiscais do IMA são os profissionais responsáveis pelo atendimento dos focos da raiva dos herbívoros, vigilância de áreas de risco, cadastro e monitoramento dos abrigos dos morcegos hematófagos. 

Os fiscais ainda realizam ações de educação sanitária, para a população entender a importância de vacinar os rebanhos. Vale destacar que a raiva dos herbívoros é uma enfermidade infectocontagiosa, com praticamente 100% de letalidade. Ela acomete os mamíferos, sendo uma zoonose (transmissível de um animal para o homem) de grande impacto.

De acordo com Ferreira, os sinais clínicos das espécies ou indivíduos acometidos pela doença podem variar, mas, no geral, são relatados incoordenação motora, alterações no comportamento, diminuição do apetite, cegueira e outros sinais neurológicos.

Para evitar problemas sanitários relacionados a esta enfermidade, quando houver casos suspeitos, é recomendado procurar atendimento veterinário, e comunicar o fato imediatamente ao Instituto, por meio da unidade regional mais próxima da propriedade. 

“Também é importante informar sobre sinais de mordedura nos animais, assim como a possível existência de abrigos de morcegos hematófagos. A prevenção indispensável é a vacinação anual de herbívoros”, esclareceu o médico-veterinário.

A CR de Oliveira e o Esec de Boa Esperança ainda estavam representados pelo fiscal assistente e técnico em agropecuária, Augusto Valentino Rondini.

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