Minas Gerais: no caminho do status de “área livre de febre aftosa sem vacinação”
O Instituto Mineiro de Agropecuária é responsável por garantir ações de prevenção, controle e erradicação de doenças no estado
A partir de 2023, os pecuaristas não precisarão mais vacinar bovinos e bubalinos contra a febre aftosa em Minas Gerais. O anúncio foi feito pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no último sábado, 30/04, durante a abertura da Expozebu, em Uberaba, no Triângulo Mineiro.
A dispensa da vacinação se deve ao fato do estado ter cumprido os pré-requisitos do Plano Nacional de Vigilância para a febre aftosa. Dentre os critérios estabelecidos estão a ausência da circulação do vírus no rebanho, cobertura vacinal acima de 95% e a estruturação física e de pessoal nas unidades de vigilância sanitária agropecuária.
Para o produtor rural, a economia será imediata, pois não terá mais gastos com a compra da vacina e com a operação do manejo do gado para vacinar. Além do mais, os benefícios também incluirão a redução dos custos de produção, abertura de novos mercados (principalmente para os que exigem dos exportadores brasileiros o status “livre de febre aftosa sem vacinação”), e melhor remuneração pela tonelada exportada.
Para o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa-MG), e ex-diretor-geral do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Thales Fernandes, essa conquista vai impactar toda a cadeia produtiva da proteína animal, não apenas a dos bovinos.
“No segmento da suinocultura, Minas Gerais é considerada área livre da peste suína clássica e africana, e na avicultura já somos livres da influenza aviária. Todo esse contexto mostra que o serviço de vigilância sanitária no estado é eficiente”, avalia o dirigente.
Cabe destacar que, no Estado de Minas Gerais, o IMA é o órgão responsável pela execução da política pública de fiscalização e vigilância sanitária animal e vegetal.
Para isso, os fiscais agropecuários e fiscais assistentes agropecuários do Instituto percorrem os 853 municípios mineiros para promover ações de prevenção, controle e erradicação de doenças; inspecionar produtos de origem animal e vegetal; entre outras atividades, cujos objetivos são garantir a saúde pública e a conservação do meio ambiente.
Zona livre de febre aftosa
Desde 2001, Minas Gerais é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como “zona livre de febre aftosa com a obrigatoriedade de vacinação”, pelo fato do último registro da doença ter ocorrido em território mineiro em 1996.
Após anos de adesão dos pecuaristas às campanhas de vacinação e à vigilância sanitária, as últimas etapas da vacinação em Minas Gerais se darão neste ano. Agora em maio, para os animais de zero a 24 meses, e em novembro, para bovinos e bubalinos de todas as idades.
Com informações da Agência Minas
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